Os destaques da literatura em 2015 e o que vem por aí em 2016
 



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Os destaques da literatura em 2015 e o que vem por aí em 2016





Em 2015 o mundo literário se mostrou, inquieto, com bons debates e algumas novidades importantes.Infelizmente ocorreu no ano que passou o incêndio no Museu da Língua Portuguesa e o fechamento da Cosac Naify. Entre obras para colorir, ocorreu o reconhecimento de Clarice Lispector fora do Brasil e a liberação das biografias não autorizadas.


Veja os fatos marcantes de 2015 na literatura:


Premiações


Em 2015, a escrita feita por mulheres esteve em destaque nos prêmios literários. Não só as pernambucanas Micheliny Verunschk e Débora Ferraz venceram as duas categorias de estreantes no Prêmio São Paulo de Literatura com os romances Nossa Teresa – Vida e Morte de uma Santa Suicida e Enquanto Deus Não Está Olhando. No Jabuti, no Oceanos e em outras honrarias, nomes como Maria Valéria Rezende, Carol Rodrigues, Elvira Vigna, Ana Miranda, Tércia Montenegro e Ana Martins Marques também foram destacadas.


Lançamentos


A prosa pernambucana teve lançamentos de alguns dos seus principais escritores. Raimundo Carrero lançou o romance O Senhor Agora Vai Mudar de Corpo, já premiado com o APCA, enquanto Sidney Rocha começou a trilogia Gerônimo com o volume Jeroni Fernanflor. No campo dos contos, Ronaldo Correia de Brito reuniu 12 narrativas em O Amor das Sombras. Na poesia, nomes como Renata Pimentel, Cristiano Ramos e João Paulo Parisio tiveram obras publicadas.


Cortes e festivais


Criado na gestão Eduardo Campos, o Festival Internacional de Poesia foi cancelado pelo Governo do Estado em 2015. Além disso, o Festival A Letra e a Voz, mantido pela Prefeitura, teve uma edição reduzida, apenas com nome locais. A Fliporto, a Bienal do Livro de Pernambuco, e a Mostra Sesc de Literatura tiveram edições com orçamento menor. Entre as novidades, está o surgimento da Feira Nordestina do Livro (Fenelivro), criada pela Cepe Editora.


Modas literárias


Se 2014 foi o ano da literatura erótica na lista dos mais vendidos, 2015 teve outros donos, além dos já conhecidos nomes de autoajuda: os livros para colorir, que chegaram a corresponder a 17% das vendas do mercado em agosto e depois entraram em declínio; e as obras criadas por celebridades da web, especialmente por vloggers como Kéfera. Segundo a pesquisa Painel das Vendas de Livros no Brasil, o volume de obras vendidas no País caiu 3,7%, enquanto o preço médio das obras cresceu 3,8%.


Vitórias e perdas


Para as editoras, o ano teve uma conquista importante a partir de uma decisão do STF: as biografias não autorizadas não precisam mais de permissão prévia para serem publicadas. Nas notas tristes, a Cosac Naify – referência por ter um catálogo de qualidade com projetos gráficos ousados – anunciou o fechamento das suas portas. Já no fim do ano, em dezembro, o Brasil assistiu ao incêndio que destruiu o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo.


Destaques internacionais


O Nobel da Literatura de 2015 ficou com a jornalista e escritora bielorrussa Svetlana Alexievich, autora de relatos baseados em pesquisas reais. Comercialmente, a grande surpresa do ano foi o lançamento de Vá, Coloque um Vigia, romance de Harper Lee escrito antes do clássico O Sol É para Todos, que bateu recordes e se tornou a obra mais vendida em um só dia. Nas polêmicas, reinou o livro Submissão, do francês Michel Houellebecq, que chegou às livrarias no dia do atentado ao jornal francês Charlie Hebdo e aborda com ironia a tensão religiosa na França. Também foi o ano em que Clarice Lispector teve um volume com todos os seus contos lançados nos Estados Unidos – o livro foi eleito um dos melhores do ano em várias listas e ganhou a capa do suplemento dominical do New York Times.


Mortes


Em um mesmo dia, o mundo literário se despediu do escritor uruguaio Eduardo Galeano e do Nobel alemão Gunter Grass. Outro Nobel da Literatura, o poeta sueco Tomas Tranströmer, também morreu, assim como o escritor chileno Pedro Lemebel. A literatura pernambucana também perdeu a poeta Deborah Brennand, expoente da Geração 65, e o escritor Gilvan Lemos. Além deste último, a Academia Pernambucana ainda perdeu outros sete integrantes.




Fonte: JC Online

 

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